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Consumerização do RH: entenda essa tendência

Gestão de RH | 28 de novembro de 2018

Tratar o funcionário da mesma forma como o cliente é tratado. Esse é o lema por trás do termo consumerização do RH, tendência adotada por diversas empresas com o intuito de aumentar a produtividade e contratar os melhores candidatos.

 

Basicamente, significa reorientar projetos de produtos e serviços com o foco no usuário final, no caso do RH, o funcionário. A tendência de consumerização pode ser encontrada em vários aspectos: desde o ambiente organizacional, que tem que ser modernizado, até na relação do funcionário com suas metas e objetivos, feedback, entre outros.

 

Talvez os exemplos mais claros dessa consumerização sejam encontrados em empresas como o Google, Facebook ou Amazon, que desenvolvem escritórios e ambientes que lembram clubes, mas que, por outro lado, também são extremamente exigentes em relação à produtividade, que é gerenciada por meio de softwares e sistemas, e não somente pelo tempo que o funcionário passa dentro da empresa. Exatamente por esse motivo, a função do RH dessas empresas é entregar experiências diversificadas, de modo a garantir a satisfação da equipe e a manutenção da produtividade.

 

A consumerização do RH impactou a estruturação dos serviços e sistemas em Recursos Humanos, que passaram a ter um foco mais voltado na experiência do funcionário –sobretudo na interação dos profissionais hoje com a tecnologia.

 

Reinventando o RH

 

Enquanto indivíduos, os profissionais hoje estão cada vez mais acostumados a ter experiências personalizadas: um bom exemplo disso é como a Netflix desenvolveu uma tecnologia capaz de prover a melhor indicação de um filme, com base nas preferências passadas do usuário. Quanto mais você assiste, mais as indicações são assertivas.

 

Essa visão também passou a permear o RH: empresas começaram a utilizar esse conceito na forma como atraem e retêm os melhores talentos, revisitando processos de Recursos Humanos, como recrutamento, onboarding e gestão de desempenho, identificando oportunidades de conectar e nutrir os profissionais com informações mais personalizadas. Algumas empresas, inclusive, têm estudado a ligação entre o espaço físico e tecnologias para aumentar a produtividade, de maneira que o funcionário possa ao mesmo tempo aprender a otimizar sua performance.

 

A força da consumerização na tecnologia

 

Com a disseminação da tecnologia no dia a dia, é natural que o usuário tenha preferência por usar ferramentas amigáveis também no trabalho. A consumerização dos softwares utilizados no ambiente corporativo permite aos funcionários trabalhar com a mesma facilidade que têm para gerenciar suas redes sociais ou apps. Muitas empresas adotaram ferramentas de RH que utilizam esse conceito, porque aumentam o engajamento e a satisfação do funcionário. Alguns benefícios da consumerização incluem:

 

Melhor experiência de trabalho

 

Ferramentas de Recursos Humanos mais amigáveis –e isso também incluem que sejam na nuvem, ou seja acessíveis de qualquer lugar—permitindo que o funcionário tenha a mesma experiência seja dentro ou fora da empresa.

 

Facilidade no trabalho remoto

 

A mudança de paradigma que a consumerização trouxe facilita o trabalho remoto. Para RH, o benefício também existe: é possível ter uma plataforma única que possibilita ao usuário acessar seus dados e fazer requisições de qualquer lugar.

 

Oferta de Autosserviço

 

Um dos pontos altos da abordagem da consumerização das ferramentas de RH é a possibilidade do autosserviço. E esse conceito, em software, veio na esteira do desenvolvimento dos grandes players de internet, que criaram sistemas que podem ser adquiridos e gerenciados pelo próprio usuário.Com o RH não é diferente: as soluções mais novas permitem ao usuário fazer a autogestão das suas requisições e serviços, bem como organizar suas pendências junto ao RH de maneira prática – sem depender necessariamente de processos manuais.

 

Entretanto, é importante ter em mente que a consumerização em RH não é somente ter uma interface amigável com o funcionário: é preciso também que os sistemas sejam analíticos, e possam oferecer ao funcionário o que ele precisa. Nos próximos anos, espera-se que as novas tecnologias deem mais profundidade analítica a esses sistemas.